Já dizia o Pensador...

Nos últimos dias presenciamos mais alguns momentos tristes nos estádios de futebol,dentre muitos outros que já sofreram tal tipo de insulto, Roberto Carlos e Neymar passaram por manifestações de racismo durante partidas na Rússia e Inglaterra, respectivamente.

Na Russia, tal manifestação foi de um torcedor do time do Zenit, adversário do clube no qual R.Carlos está atuando agora, e segundo o atacante Vagner Love, que está no país desde 2004 disse em entrevista ao Globoesporte.com que isso é algo comum nos estádios do país:

“Infelizmente em São Petersburgo esses casos de racismo são comuns. Eles ficam fazendo barulho de macaco quando jogadores negros pegam na bola. Além disso, há uma grande rivalidade deles com os moscovitas.”

                                                                       (Palavras do atacante Vagner Love.)

Já na Inglaterra, o atacante Neymar, enquanto representava a seleção canarinho, em um lance na linha de fundo foi surpreendido com o arremesso de uma casca da mesma fruta em sua direção. Após o jogo, os organizadores ainda tentaram qualificar a ação como um ato da própria torcida brasileira, que se colocava nas proximidades do local do lance, porém, um turista alemão assumiu a autoria de tal fato. Após o jogo, o próprio Neymar se pronunciou em relação ao triste episodio.

“Esse clima de racismo é totalmente triste. A gente sai do nosso país, vem jogar aqui e acontece isso. Prefiro nem tocar no assunto, para não virar uma bola de neve.”

                                                                              (Atacante Neymar)

Vindo de longa data, aconteceu um episodio muito curioso em 1959. Durante uma excursão pela África do Sul, o clube brasileiro, Portuguesa Santista foi informado por um dirigente local que não poderiam entrar em campo com seus atletas negros, apenas os jogadores “de cor branca” poderiam atuar, a noticia repercutiu por todo o país e chegou aos ouvidos de Dennis Brutus, presidente da Associação Esportiva da África do Sul, que durante muitos e muitos anos lutou junto com Nelson Mandela contra o Apartheid.

No mesmo instante, o ativista enviou um telegrama ao presidente eleito do país Juscelino Kubistchek, que prontamente respondeu com um contato aos dirigente do clube brasileiro, demonstrando apoio ao mesmo. Esse momento, foi o primeiro que o governo brasileiro se posicionou contra o partheid sul-africano e a partida foi Cancelada.

Tempos depois, antes de falecer em 2009,Brutus deixou um recado ao Brasil.

“Muito obrigado por ter ajudado na nossa luta por Humanidade”