É de conhecimento de todos que os clubes do Brasil em sua maioria precisam de uma reformulação estratégica na sua gestão , formas de atuação e aplicação em um cenário que muitas vezes é avassalador e não da margem para erros, porém, para se haver tal reformulação geral, deve-se pautar em alguns detalhes que acreditem ou não são mais importantes que o esporte em si, estratégias de manutenção, formas de pagamentos, o real pagamento, amortização de dívidas, contratos de trabalho, prestações de conta, cálculo de déficits, balanço dos patrimônios, viabilização de projetos institucionais etc.
Mas porque nenhum presidente de clube faz isso com os clubes que precisam, você sabe?
Não fazem porque isso não aparece e nem é tão reconhecido como ser campeão com um time milionário pago por empréstimos bancários, não fazem porque torcedor espera o fim do ano pra saber quantos jogos ganhou e quais títulos entraram para galeria,mas nem sabem que seus clubes são obrigados a disponibilizarem um balanço “real”do ano ou do triênio da atual gestão, eles dizem o que querem do seu clube mas não se preocupam em saber o que os responsáveis por ele traçaram como meta no planejamento estratégico.
Exemplos existem, não quero parecer demagogo ou ser mal interpretado, o fato de trabalhar de forma coesa não fazem desses dirigentes santos, ou o lado “bonzinho da força”, mas os louros tem que ser entregues, o torcedor querendo ou não.
De gigantes da serie A à Clubes de serie D existem trabalhos ou pequenas ações coerentes não reconhecidas por seus devidos torcedores.
A atual gestora do Clube de Regatas do Flamengo, ainda no momento de sua candidatura tinha como principal discurso de campanha a evolução do flamengo como um todo e em todos os esportes, expondo disso ela foi eleita, mas quando ela começou a por em pratica sua ideologia contratando grandes nomes de outras modalidades, criando novos esportes (veículo na stock car,formula truck e os novos times de Futebol de areia, society ) e focando na evolução estrutural do clube ouviu duras e precipitadas criticas a cerca do seu inicial trabalho. “Aaah Thálius, mas o futebol é o carro chefe do clube”... Sem duvidas, isso é indiscutível, mas um clube da magnitude do flamengo não é só futebol, 80% dos torcedores só gostam de futebol e pronto, mas e os sócios, não querem usufruir da estrutura; será que não é rentável para o clube a verba do apoio para esportes olímpicos como o primogênito remo, natação, ginástica; Atletas renomeados e esportes secundários também trazem patrocínios, isso tem valor real para qualquer clube.
O Bahia saiu do fundo do poço a serie A do Brasileirão, porém nem sempre foi de flores a vida do presidente responsável por essa mudança de atitude. Um estadual e uma declaração de que “O coração dos torcedores do Bahia deviam sentir o que os olhos não viam” feriu o ego e o moral dos que o criticavam e através de seu organizado coro e influencia, quase conseguiram interferir no ressurgimento do time que eles dizem amar acima de tudo, acima do clube, possivelmente, só o estadual.
Agora eu citarei um exemplo que muitos não devem conhecer, mas eu conheço relativamente bem. O maior clube do Maranhão, o campeão brasileiro da serie A de 1972 que hoje amarga a presença na serie D e teve o status de zebra por ter desclassificado o Sport vem recebendo uma gestão que se não é perfeita está muito acima dos demais do nordeste, digo isso dos clubes nordestinos que integram a partir da serie B, porque é fora de cogitação a comparação com clubes da elite,porém, o Sampaio Correa é melhor administrado que clubes nordestinos da serie de acesso, e seu atual presidente tem que conviver com criticas quanto toda e qualquer atitude que toma e principalmente um mito criado e que já quase o tirou do cargo, o fato dele ser “pé frio”, pois durante um bom tempo, ele trabalhava com coerência, pagava em dia, buscava aprimorar o que podia, evoluía hospedagem no CT, bem como o CT todo, mas o clube não era campeão no estadual e isso enfurecia e irritava muitos que queriam sua cabeça. Ser presidente de um clube, logicamente não é fácil, mas quanto mais tradição e menos condição o clube tem mais difícil é, o Sampaio é um desses bem como o Paysandu, Santa Cruz, Ferroviário, clubes desse tamanho não deveriam estar nessa situação, mas se estão devem ser os primeiros a por os pés no chão e buscar um retorno, muitos acham que isso é se apequenar, mas não, isso é agir de forma coerente é inteligência.
Então torcedor, você tem todo direito de não concordar comigo, porém tente olhar seu clube como um todo e de forma racional, agir de forma racional no futebol é difícil, confesso, pois se nem os presidentes conseguem imaginem nós torcedores sem cargos no clube, porém devemos cada vez mais trabalhar esse nosso lado afim de ajudar sempre na evolução daqueles que defendemos jurando amar.
Cara, que texto em, gostei muito do último parágrafo, realmente o torcedor tem que fazer a sua parte, seja ela pequena, mas ajuda muito...
ResponderExcluirAbraço
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Que belo texto cara, meus parabéns. Esta questão é mesmo complicada. O torcedor brasileiro dificilmente age de forma racional em relação ao futebol, o fanatismo fala mais alto, e as vezes a situação se agrava.
ResponderExcluirAbraços!
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