Será agora o fim?

Através de pensamento inicial do clube dos 13, o futebol brasileiro pode ver nesse ano o término de uma hegemonia que já atravessava os tempos, As negociações para isso, porém, devem avançar apenas no decorrer deste ano. Trata-se do projeto para o fatiamento dos direitos de transmissão do campeonato brasileiro para diferentes mídias, fazendo assim a sua própria negociação individualmente com cada organização interessada, acabando dessa forma com a compra geral e repasse a seu bom grado aos outros interessados, formato atualmente utilizado pela Rede Globo.Entre o meio e o final do ano passado, representantes do C13 colheram informações sobre contratos de TV de ligas de futebol espalhadas pelo mundo para terem base de comparação com a realidade brasileira.

Claro que tal postura ainda depende das propostas feitas e de quanto estará disposta a emissora em questão a desembolsar para continuar o domínio, inicialmente, o conceito é separar os direitos entre TV aberta e fechada, internet, telefonia móvel e pay-per-view, tais mídias terão licitação feitas de forma individual e não em conjunto como o modelo atual.

Depois do estudo previamente citado, passando por verificações de contratos pelo mundo estar pronto, a comissão do clube dos 13, liderada pelo presidente do Palmeiras e economista Luiz Gonzaga Belluzzo, montará planos e metas para o grupo sobre esses contratos. A partir daí, as reuniões serão feitas entre emissoras e a cúpula da entidade para verificar as propostas e dar abertura às negociações.

O contrato em vigência rende R$ 600 milhões, assinado em 2008, ele dá exclusividade à Globo nas mídias em geral. A meta do grupo é atingir ao menos R$ 1 bilhão no próximo acordo.

A comercialização desses direitos, aliás, foi uma das capitais justificativas para o pleito presidencial da entidade ter sido antecipado. A alteração da eleição do fim do ano para o mês de Abril foi exatamente para que a nova diretoria eleita dispusesse de mais tempo para formulação desses estudos, formatação de um modelo e criação dos contratos, tal ação também justifica a luta desenfreada da Rede Globo, juntamente com a CBF em eleger seu candidato, o ex-presidente e diretor de futebol do Flamengo Kleber Leite como presidente da entidade, já que com um presidente respondendo pelos interesses da emissora e da Confederação Brasileira de Futebol e não dos clubes o arquivamento desse projeto seria algo natural.

Tal associação entre as duas organizações citadas é confirmada quando se analisa o contrato presente entre a CBF e a emissora, apresentado nos moldes do em vigência pelo clube dos 13 e as suspeitas preferências e exclusividades dadas à emissora.